Você já parou para pensar como é o seu funcionamento?

Você já parou para pensar como é o seu funcionamento?

26 de janeiro de 2023

Comportamento

Hoje, com inúmeras tecnologias à nossa volta, vivemos aprendendo a mexer em aparelhos eletrônicos, em novos aplicativos, em novas máquinas. Mas e se você soubesse que nossa mente é a engrenagem mais interessante e complexa que já existiu (pelo menos nesse mundo em que vivemos), teria interesse em desvendar como fazê-la funcionar bem e com maior probabilidade de não falhar?
Pois bem, para quem esse início de texto despertou interesse, toda semana falaremos sobre um tema que pode melhorar sua saúde emocional.
Hoje vamos começar falando sobre: comportamento.

Ambiente

Você sabia que o ambiente em que vivemos é determinante para nosso funcionamento, ou seja, para o nosso comportamento?
Na última semana assisti Avatar e no filme tem um exemplo clássico sobre comportamento. Spider, o menino que foi deixado com os Avatares, passa a viver como eles, ter as mesmas reações, mesmos propósitos, mesmos instintos.
 Mas será que isso que aconteceu no filme é uma realidade? 
 Podemos dizer que sim. Todo ser humano é fruto do ambiente em que vive! 
A forma como somos criados ou onde vivemos, faz com que tenhamos certos tipos de comportamento. O homem não nasce bom ou mau, ele é resultado do ambiente, e isso o faz optar por um lado ou outro.
Você já viu testes feitos com crianças bem novinhas? Elas não distinguem as pessoas por raças, bonito ou feio, para elas são todos seres humanos iguais. Porém, conforme vão crescendo e sendo orientadas pelos seus pais, pela escola e amigos, as comparações e diversificações começam a aparecer.

Modulando o ambiente

Ah, agora vocês devem estar pensando, isso é bom para quando tudo dá certo, e o ambiente é favorável, mas como então fazemos para sermos diferentes se o meio que nascemos não for bom para nosso crescimento? 
O que sabemos é que todo o ambiente é favorável para crescimento e reconhecimento do que é bom ou ruim. Até o sofrimento pode ser útil. Por exemplo, quando você se machuca em um espinho, você sente dor e tenta não fazer isso novamente, e essa sensação traz uma memória de que objetos pontiagudos podem nos gerar dor, o que nos faz evitá-los. 
Apesar do espinho nos fazer entender que se encostarmos nele podemos sofrer, ele também nos faz criar, ou seja, infere algo bom, nos faz enxergar que podemos nos proteger com algo pontiagudo, e assim criamos formas e objetos que nos ajudam no dia a dia, como uma agulha para costurar, uma faca para cortar alimentos…
 
Com isso, entendemos que todo ambiente nos traz oportunidades do que fazer, não fazer, ser ou não ser.
 
É claro que quando nascemos em um ambiente hostil, é mais difícil sermos amorosos, porque aprendemos desde cedo a hostilidade. Mas hoje, no século em que vivemos, é mais fácil perceber o ambiente e melhorá-lo para nós mesmos, pois a internet está em nossas mãos, e podemos procurar diversos interesses diferentes e oportunidades em todo o mundo. Conseguimos enxergar diferenças de padrões, vendo relações em outras casas, países e culturas e tentar buscar algo melhor para nossas emoções.
Quando conhecemos o diferente, acessamos nossa curiosidade e mudamos, expandimos nossa mente, sendo seres menos ignorantes e mais edificantes, mudando completamente o ambiente em que vivemos.
Então, podemos concluir que nosso comportamento é mutável, conforme nosso ambiente muda, podemos ser diferentes e pensar de uma maneira mais saudável.

Se caminharmos por lugares que não são frutíferos e com pessoas que não estão nos fazendo bem, nosso comportamento será como esses, mas se tivermos vontade de mudar, de fazer novas escolhas ambientais, conseguiremos galgar o melhor de nós e dos outros.

E aí, gostou do texto? Como vai o ambiente em que vive, será que ele pode melhorar para que seu comportamento também melhore?
Escreva para nós.
Um abraço, e até logo.

Quéren Sales
Quéren Sales

Médica psiquiatra formada pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná - Curitiba. Residência Médica em Psiquiatria no Hospital Psiquiátrico São Pedro - Escola de Saúde Pública - RS. Fellowship em Neuropsiquiatria Geriátrica HCPA-RS.

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